Só agora consegui assistir a final do primeiro Blue Man brasileiro, e realmente a vitória pelo Vinicius foi merecida. Claro que a sua experiência na percussão foi um diferencial. A questão é que os outros dois finalistas parecem ter esquecido a verdadeira proposta do Blue Man Group, que é perceber o que está acontecendo pelo olhar, demonstrando aos poucos por meio de movimentos meio desajeitados, uma descoberta, que reflete o que o ambiente no qual cada um deles está inserido, transmitindo assim para os olhares de fora, um momento como se soasse novo para si.

Um Blue Man não pode chamar a platéia, ele faz o público se juntar a ele. A arte dessa performance que se destaca, está não só no conceito da interação e na combinação de cores que não se resume ao azul, mas também na inocência de uma descoberta que simula pertencer ao acaso.
Fotos: Blue Man Group BR