Após ver o filme Senna na manhã do dia 12 de novembro, surgiu tais palavras:
Senna, mais que um herói, um ídolo, um piloto, e uma história de conquistas. É a eterna personalidade das pistas do automobilismo e do esporte, afinal nem todos conseguem deixar a sua marca, seja um “S” duplo ou não, Senna deixou mais que uma letra nas nossas mais inesquecíveis lembranças. Seu trajeto não foi apagado e nem desclassificado das nossas mais belas memórias.
O filme mostra não só a imagem de herói, mas principalmente a humana, onde nos deparamos com conflitos tanto na vida pessoal quanto na profissional, uma interfere na outra na direção. Mas os caminhos e os trajetos são construidos pela nossa determinação, e Senna mostrou que deveria deixar de lado seus medos e receios, o desejo de se sentir realizado e de continuar na trajetória que mais lhe parecia certa. A responsabilidade com a equipe, contava, mas sua paixão pelo esporte também contavam mais ainda, afinal se fosse para ele ter desistido, ele desistiria após a sua primeira desilusão com o mundo da Fórmula 1, que é mostrada de tal forma que nós brasileiros também nos sentimos injustiçados, afinal toda vez que o Senna subia no pódio, milhões de brasileiros também subiam juntos. A paixão nacional não era simplesmente o futebol, como também a Fórmula 1 que nos dava graças ao Senna um patriotismo em alta velocidade, sem limite de distância na medidas do percurso do nosso amor.
Eu tinha apenas 8 anos quando Senna partiu, mas uma coisa eu sei, uma das poucas coisas que lembro na minha infância, é o tema da vitória rolando em muitas corridas após vê-lo sair vitorioso e segurando a bandeirinha do Brasil, mostrando de certa forma: “sou brasileiro e não preciso de um time inteiro como no futebol para me ajudar a carregar o Brasil nos ombros rumo ao sucesso nesse esporte apaixonante”. É raro uma criança como eu era na época ter uma presença de um ídolo como o Senna tão forte e marcante nas recordações. Mesmo que meu contato com ele tenha sido somente pela TV, e pelas revistinhas em quadrinhos do “Senninha”. Me emocionei com o filme sim, inevitávelmente, e foi bom matar as saudades de um herói das pistas que jamais será esquecido, não só pelos brasileiros, como também pelo mundo inteiro.
Seu desejo competitivo não fazia dele um mal corredor, mas sim alguém comprometido com o conjunto que forma a Fórmula 1, afinal a Fórmula 1 não se resume só a um carro com um piloto, vai mais além. Para escrever esse texto, fiquei escutando o “tema da vitória” repetidamente, até o final desse meu desebafo, pois não considero esse texto como uma crítica do filme, o vejo como o lágrimas de emoção seja pela felicidade pelo sucesso que ele alcançou, ou seja, pela tristeza de vê-lo partir cedo. Mas me orgulho de ter tido a honra de ter visto Senna em ação pela televisão, com o “tema da vitória” tocando ao fundo como se fosse a trilha sonora da nossa felicidade com pura empolgação, afinal ele nunca saiu do pódio das nossas lembranças em alguma ocasião, e do pit stop do nosso coração, pois ele trouxe um sentimento de realização para a nossa nação.
Rafael Sampaio