domingo, 30 de janeiro de 2011

Cirque Du Soleil - Alegria - Mais que uma palavra

Cirque Du Soleil - Alegria - Por Rafael Sampaio

Momento de reflexão parte 2 - Dando continuidade ao texto Cirque Du Soleil - Saltimbanco - Resultado de uma reflexão Quando um grito tem como resultado a Alegria, quando o equilíbrio é mais visto como desequilibrado, quando cavalgamos em ruas luxuosas e deparamos, com obstáculos prováveis, desviamos, viramos a cara, ou
simplesmente seguimos adiante de algum modo. Num mundo onde a nobreza ea simplicidade, caminha juntos, onde a magia está nos olhos daqueles que sabem ver e daqueles que fazem acontecer. Após perceber que não estou sozinho sonhando com um mundo melhor como o visto em saltimbanco, me joguei, na Alegria do Cirque, não só uma vez, mas duas vezes. Tive o prazer de reavaliar minha visão e cada razão de alguma emoção que passou despercebida, afinal a Alegria tem muitas fases, mesmo que signifique apenas ver a vida do melhor jeito
possível com esperança e perseverança. Podemos ser bobos alegres diante a tirania humana, graças ao sentimento de impotência que podemos nos munir. Mostrando que a política do homem deve ser não a
ambição desenfreada que possa fazer você passar por cima de tudo, mas sim o almejar da mudança, não de qualquer coisa que possa se mudar, mas sim do bem que podemos encontrar. Entre vôos em trapézios de artistas que conseguem atrair olhares de fascinação, que como um pássaro que se transforma, vemos suas metamorfoses aéreas. Como bobos da cortes que se acham reis temos o deslumbramento pelo poder do Cirque sobre nós, não o poder de nos sentirmos obrigados a conhecermos um sentimento forçado de felicidade,
mas sim o teor original que o cerca que é a mais pura reação da sinceridade. Entre saltos num espaço mínimo e seqüenciais temos a mais pura sensação de sua grandeza e esforço assim como seus muitos outros números.

Tive a oportunidade de conferir dois números serem alterados, nessa segunda vez que fui com relação a primeira, e nesse segundo conferi algumas falhas nas performances como as quedas na barra aérea elevada que por sinal foram praticamente seguidas, percebi que até os membros do Cirque Du Soleil que aos meus olhos pareciam ser sobre-humanos sentirem alguma espécie de tensão, apesar de eu ter certeza mesmo antes disso já que eles são humanos, o Cirque transforma erros não em vexame, mas sim na prova de que tudo aquilo que está sendo feito
não é nada simples, há todo um jogo de emoções que envolve o público, pessoas envolvidas na produção do espetáculo e os executores dos movimentos. Todos desejam a perfeição, mas da imperfeição que se evolui.

O Cirque pode não ser uma arte circense para qualquer olhos, pois somente aqueles que entendem tudo que há por trás daqueles movimentos e da criatividade de seus criadores, sabem compreender seu sentido. Nós adoradores do nosso querido Cirque podemos encarar isso como uma grande honra para a nossa personalidade, que se resume em bom gosto e pura sensibilidade.