O Curioso caso de Benjamin Button por Rafael Sampaio
Somos vassalos do tempo a se opor
Quando cada ponteiro acertado marca o ritmo
Que não representa o significado de qualquer vital mimo
Onde os momentos se escoam quando o nosso sol está a se por
Esquecemos quem somos e no vemos como um mero imortal
Onde a alma se proclama não como imoral
Mas sim como o controle que se encontra na vertigem da cronologia
Assumindo a linear do nosso respirar e cada pensamento que se cria
Nascer velho e morrer jovem pode não ser a nossa intenção
Seguir a ordem inversa dos momentos padrões não precisa habitar a razão
Pode ser apenas o natural seguindo o fluxo que se entende como o certo
Onde olhares se encontram perdidos diante os que querem ver a felicidade de perto
Não queremos nos sentir velhos quando a juventude nos cerca
Mas queremos sentir a juventude quando a velhice chega
O oposto é o essencial e o primordial para as palavras que a vida alega,
E para os nossos caminhos e trilhas antes que sintamos que algo se perca.
Vejo uma velha criança brincando no telhado
Mas não sei da onde veio, nem se algum dia esteve ao seu lado
Seus olhos estão se ofuscando diante qualquer imagem
Agora assim como o tempo, só os seus olhos singularizam o que o transformou numa miragem