domingo, 6 de janeiro de 2013

Rock In Rio - O Musical

Texto: Rafael Castro - Eagle Eye VIP

O Rock in Rio - O Musical, que estreou no dia 03/01/2013 na Cidade das Artes, é mais que uma homenagem ao Rock in Rio e a música, interpretada numa nova forma de arte para a marca, o teatro em formato musical. Foi necessário impor a ficção 50 músicas bem selecionadas compactadas em mais de 3 horas de espetáculo, para contar o estado de espírito de cada personagem. A narrativa vai ganhando força gradativamente, assim como o protagonista Alef, um personagem que perdeu a voz há 15 anos atrás e que se manifesta em sua imaginação por meio da música, e que vai se soltando ao longo do tempo também por meio dela. Mostrando assim que com a  música todos os problemas desaparecem, um novo ritmo ganha embalo, e que uma meta acaba ganhando um tom, exibindo assim que a música traz transformações que vão além de movimentos com os pés, das mudanças de tom de voz e de tempo, e da harmonia com um ambiente. 






Antes de tudo cabe ressaltar que o musical trata de uma compilação do que foi os quatro festivais brasileiros, trazendo assim uma história fictícia sobre a sua criação, embalado por meio do romance dos personagens Alef e Sofia, num mundo onde a juventude tem mais que uma voz, tem um canto, e várias formas de cantar (se manifestar). Fui no dia de estréia sem saber o que esperar do "Show". E o resultado foi um sentimento de satisfação. O espaço interno da Grande Sala não deixa a desejar, assim como a cenografia inicial do musical que contava como uma tela com mais de 50 guitarras. Músicas do Queen, Prince, Faith No More, Shakira, Barão Vermelho (Cazuza), Guns N' Roses, o hino do Rock in Rio, entre outros clássicos compõem com sucesso a proposta. Realmente posso dizer que o esperado foi correspondido.


O musical transborda empolgadamente clássicos que vão do axé ao Rock, mixando ídolos de todas as fases do festival de 1985 quando houve a sua criação, até hoje.
Lá podemos encontrar Britney Spears e Freddie Mercury num mesmo festival, sem deixar de lado a outra Mercury, a brasileira Daniela, numa miscelânia de rítmos que reafirma a visão do festival e o seu amor pela música. Haja "Água Mineral" para acompanhar o fôlego bem ensaiado do seu elenco. Criar o maior festival do mundo era uma meta tanto para o verdadeiro criador, quanto para o Orlando Tepedino (o pai fictício do Rock in Rio no Musical), era algo realmente difícil de por em prática. A marca após se firmar em nosso solo, foi arrematando uma legião de fãs, muitos permanecem fiéis, afinal esse festival pode trazer até um sentimento de patriotismo. Assim como o musical, que mostra em sua ficção um Brasil burocrático e cheio de barreiras que dificultam o sucesso de qualquer evento do porte.



A direção ficou a cargo de João Fonseca que soube fazer a peça crescer bem em seu rumo, o texto de Rodrigo Nogueira deu um tom criativo e diálogos bem articulados, a coreografia de Alex Neoral que tem costume de fazer coreografias complexas, porém bem elaboradas, criou algo simples, mas de grande efeito visual. O elenco todo, demonstrou-se entregue, e no lado principal estão, a Yasmin Gomlevsky e o Hugo Bonemer como os protagonistas, além da Lucinha Lins e do Guilherme Leme. Aplausos empolgados são os resultados dessa grande ideia.

Barra da Tijuca
Cidade das ArtesAté 28 abr 2013
dom 20:00 | sex e sáb 21:30 
dom e sáb R$ 70.00 (Camarote lateral 9 e 10 - nível 3); dom e sáb R$ 110.00 (Camarote lateral 3 e 4 - nivel 2 e Camarote central 7 e 8); dom e sáb R$ 130.00 (Camarote central 1 e 2 e frisa lateral 3); dom e sáb R$ 160.00 (Plateia); sex R$ 40.00 (Camarote lateral 9 e 10 - nível 3); sex e sáb R$ 85.00 (Camarote lateral 3 e 4 - nivel 2 e Camarote central 7 e 8); sex R$ 100.00 (Camarote central 1 e 2 e frisa lateral 3); sex R$ 120.00 (Plateia)