terça-feira, 2 de outubro de 2012

Kylie Minogue no Rio para divulgar filme.

Kylie Minogue começou sua carreira como atriz, mas a partir de 1987 se firmou como cantora, e desde então já bateu recorde de vendas que passam de 68 milhões, além de já colecionar prêmios como Aria, Brit, um Grammy, e já foi premiada com a Ordem do Império Britânico por serviços prestados a música.

Ela está aqui para divulgar o filme Holy Motors, um filme que segue uma linha cult que beira o bizarro. O diretor do longa estava procurando fazer algo abstrato que se voltasse para a poética da condição humana, de forma frenética, frente a necessidade de viver diferentes experiências.


Essa é a terceira vez da cantora aqui no Brasil, ela já passou pelo Brasil em 1992 e em 2008. Apesar da agenda corrida, ela planeja rodar para tirar fotos e para tomar algumas caipirinhas. Para ela atuar provoca diferentes estímulos sensoriais com relação a cantar, e o clímax num set é algo único.






A estrela internacional Kylie Minogue e o diretor Leos Carax desembarcaram no Brasil especialmente para participar hoje, dia 2, da coletiva de imprensa e do tapete vermelho do filme “Holy Motors”, último longa-metragem do francês após dez anos sem dirigir. Ao lado de Ilda Santiago, diretora do Festival do Rio, a dupla chegou bem-humorada ao Armazém da Utopia, no Cais do Porto, para a coletiva que contou com dezenas de jornalistas e membros apaixonados do fã-clube da atriz e cantora australiana. Hoje à noite, Kylie e Leos vão participar da Sessão de Gala do filme no Odeon BR, na Cinelândia.
O diretor define “Holy Motors” como um filme de ficção científica, no qual ele construiu seu próprio mundo: “Inventei um mundo abstrato sobre a condição humana. O personagem principal vai de uma vida a outra, com se fosse um assassino de aluguel. Esse lugar é como se fosse uma bolha, assim como o mundo virtual, onde criamos nossos avatares e podemos inventar diversos papéis. Na França, chamamos isso de ‘cansaço de ser você mesmo’. É a necessidade que temos de nos reinventarmos e sermos alguém diferente”, explica.
Kylie não esconde a alegria de estar atuando novamente e descreve o convite para “Holy Motors” como uma dádiva: “Foi um presente participar de um projeto tão diferente, ainda mais com um diretor tão respeitado. Quando li o roteiro ainda não sabia que personagem ia fazer e confesso que fiquei um pouco confusa no primeiro momento. Depois, me interessei muito pela abordagem de vidas múltiplas e fiquei com várias perguntas na cabeça. É possível vivermos vários papéis em apenas um dia? Todas essas questões me fizeram refletir bastante”.

Sobre seu processo criativo, Carax conta que não costuma improvisar e nem ensaiar muito as cenas.  Nesse trabalho especificamente, apenas uma cena (a que um grupo toca acordeão) foi ensaiada. Ele destaca ainda que o trabalho com Kylie foi muito simples, já que o personagem tornou-se a própria atriz e não o contrário. Ele conta ainda que descobriu o cinema com 17 anos e o percebeu verdadeiramente quando soube que existia a figura do diretor por trás de tudo: “Cinema é a minha ilha, pertenço a esse lugar e ele pertence a mim. Apesar disso, não me considero um cinéfilo, na verdade, vou pouco ao cinema”.
Além de “Holy Motors”, Minogue está no elenco de “Jack & Diane”, longa que também será exibido no Festival do Rio. Apesar de ter 25 anos de carreira e de estar voltando a atuar com mais freqüência, ela se considera uma iniciante: “Escolho os filmes em que vou trabalhar por instinto. No início da carreira me sentia culpada por fazer apenas músicas comerciais. Hoje, dou valor aos meus lados cantora e atriz e quero ser uma artista completa. Estar no set de filmagem é muito estimulante, gosto de me desafiar de  diversas maneiras”.
Kyle esteve no Rio pela última vez em 1992 e passou rapidamente por São Paulo em 2008. Pela terceira vez no Brasil, ela conta que estará muito ocupada com o filme, mas adoraria caminhar pelas ruas do Rio, conhecer as praias e socializar com as pessoas: “É um prazer enorme estar aqui, mas ainda não tenho planos. Quem sabe depois de umas caipirinhas eu tenha algumas idéias?”, brinca.

“Holy Motors” é estrelado pelo ator Denis Lavant, que interpreta um homem que transita solitário em vidas paralelas, atuando como chefe, assassino, mendigo, monstro, pai, ente outros papeis. Ele é transportado por Paris e arredores em uma luxuosa limusine que funciona como uma espécie de camarim, onde o ator se caracteriza de  diferentes personagens. Eva Mendes também faz uma participação como a modelo Kay M. O filme tem previsão de estreia no Brasil em 19 de outubro.