quarta-feira, 8 de julho de 2015
Cidades de Papel
Num ponto de um mapa pode estar o desconhecido,
Numa parte de você pode ter algo que está escondido,
Encoberto pelas sombras do receio pelo qual você está munido,
Seguindo a métrica dos mesmos passos que em você tem vencido,
Controle das vontades,
Origamis de vaidades,
Adentrando a dobra de cada folha e de cada rota,
Fazendo de cada desejo a devida cota,
Vemos um ponto encoberto,
Uma vontade secreta,
Pistas ao vento,
Paisagens ao alento,
Cada vida tem uma história,
Toda jornada pode ter uma comum trajetória,
Onde o fictício pode ser mais que real,
E a aparente realidade pode ser algo além do surreal,
O drama não está nas experiências não contadas,
Ou na necessidade de uma nova verdade criada,
Mas sim no melhor imaginar,
E não ter coragem para se expressar.
Numa cidade de papel,
Marcamos encontros,
Traçamos planos ao léu,
Em busca do poder de sempre estarmos prontos.
Se na estrada livre estiver,
Melhor curtirmos a paisagem,
Cada momento que vier,
E a vida em plena atividade.
Na passagem do John Green e do Nat Wolff, diversos fãs marcaram presença na porta do hotel no qual eles hospedaram-se, e mostraram que os fãs das celebridades literárias são legítimos. Algo que é muito agradável ver, uma vez que o estimulo pela leitura corre naturalmente nessa nova geração de adolescentes (que segundo a psicologia vai até os 25 anos). Na troca de idéia com eles fora discutido qual seria o verdadeiro conceito das cidades de papel, e em qual momento da vida de JG que o levou a escrever o mesmo. Ele lembra que foi durante uma viagem com sua namorada pela Dakota do Sul, onde ele acabou parando numa cidade de papel (cidade simbólica que existe apenas para expressar a autoria com relação a um determinado mapa).
Como ele cresceu em Orlando, cidade altamente turística, John Green demonstrou que suas idéias também podem estar baseadas em sua experiência com relação a viver numa cidade turística, onde a fantasia não demonstra a verdadeira vida local. Nessa ação de divulgação pelo Rio, ele ficou abismado com a recepção dos fãs e contou como é escrever para adolescentes, que não representam crianças, mas sim um target que anda tendo sentimentos transitórios para a formação de sua vida adulta, o que torna algo de grande responsabilidade.
Cidades de Papel estréia amanhã, dia 9 de julho!