Jean-Jacques Annaud ("O Nome da Rosa"), nos trouxe mais que um oasis em forma de filme, isto é, um filme com uma cara que há tempos não se via. O Príncipe do Deserto tem um caminhar lento, e têm como destaque em sua trama o personagem Auda (Tahar Rahim, de "O Profeta"), que apesar de ter uma expressão paradoxal (isto é, ele consegue ser expressivo e inexpressivo ao mesmo tempo), mesmo assim manda muito bem no papel. O filme era pra ser mais voltado para a questão do petróleo (delicado isso), mas até que foi dispensável para não politizar demais o filme. a temática do filme se confundi entre o romance e uma suposta aventura que tentou ser épica.
A escolha do Mark Strong e Antonio Bandeiras como os príncipais coadjuvantes do foco dessa batalha foi essêncial, os dois estão ótimos nos seus respectivos papéis, mesmo os baseando num roteiro morno. O filme tem uma boa fotografia e o conjunto da obra não deixa a desejar, o deixará simplesmente atento, mas vale a pena conferir, as mais 2h do filme não dará tempo de te deixar com sede (inspiração nos diálogos semi-poéticos).
E por falar em poético, por enquanto as poesias estarão de "stand by", isso é, elas continuarão existindo, mas para poucos olhares...por enquanto.